Blog da Aneesa

Primeira infância e negritude: quando o racismo inicia seu impacto na vida da pessoa negra?

 

A primeira infância é o período da vida do zero aos 6 anos de idade, no qual temos a nossa maior janela de aprendizagem. Os primeiros anos de vida são como construir a estrutura de uma casa, que será a base sobre a qual todo o resto se desenvolverá. Essa fase, chamada de neuroplasticidade, é o momento crítico do desenvolvimento cerebral e da sociabilidade, em que desenvolvemos nossa capacidade para sentir, explorar, conhecer e aprender. E, por isso, todo estímulo e experiência, seja ele positivo ou negativo, impactam quem nos tornamos.

 

Crianças com auto estima elevada se arriscam mais. São cientistas, sonhadoras e aventureiras. Com isso, enfrentam desafios, aprendem a lidar com frustração e desenvolvem persistência. Essas são trajetórias necessárias para o desenvolvimento cerebral, cognitivo e social. Porém, em um cenário nacional no qual o racismo é estrutural e a pobreza tem cor, estereótipos negativos são associados às pessoas negras e esse estigma afeta as crianças negras desde cedo na construção da auto imagem

 

Leia mais... 

https://www.clp.org.br/primeira-infancia-e-negritude-quando-o-racismo-inicia-seu-impacto/

 

 

Como a falta de representatividade negra afeta todas as crianças?

 

 

Viviana Santiago

 

No Brasil, mais da metade da população é negra. Mas, para encontrar referências a pessoas negras na TV, na internet ou em lojas de brinquedo, é preciso muito esforço. Se forem referências positivas, então precisamos de mais esforço ainda. Tenho certeza que isso não é novidade para você. 

O debate acerca dos impactos do racismo precisa mais que nunca ser feito a partir de uma perspectiva geracional, pois afeta TODAS as crianças. Há uma tendência em se pensar que a questão racial se refere apenas à vida das pessoas negras, como se “branco” não fosse também uma raça, uma construção social a ser problematizada.

 

Leia mais..

https://lunetas.com.br/falta-de-representatividade-negra-afeta-todas-as-criancas/

 

 

A infância da criança negra

 

 

No Brasil também havia um paradoxo entre a infância dos filhos das elites e a infância da criança pobre.

 

A criança negra sofreu as mais duras penas impostas pelo sistema escravista. Ela não era sujeito de direitos e por vezes, nem mesmo de piedade. Eram vítimas da mortalidade infantil devido às precárias condições a que eram submetidas pelos seus donos. Tinham o seu “direito” de amamentar cerceado, pois, em muitos casos, suas mães eram alugadas ou cedidas para servirem de ama-de-leite para crianças brancas. Tão logo se tornassem “úteis” eram obrigadas a começar efetivamente o trabalho compulsório. As negrinhas e os negrinhos eram brinquedinhos para as crianças brancas e até mesmo para o adulto.

 

Assim era a vida da criança negra de 0 a 6 anos: negação, não-ser, “peça” temporariamente inútil…

 

A situação não mudou quase nada com a promulgação da Lei do Ventre Livre, que estabelecia que seriam livres os filhos dos trabalhadores escravizados nascidos no Brasil a partir da data de sua promulgação.

 

Leia mais https://www.geledes.org.br/a-infancia-da-crianca-negra/?noamp=available

 


 

Entenda por que a representatividade negra é importante ainda na infância

 

 

No Brasil, 54% da população é negra, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Porém, encontrar referências de crianças e adultos negros na televisão, na publicidade e nas embalagens dos produtos disponíveis no supermercado, nem sempre é tarefa fácil. As fraldas, por exemplo, geralmente têm a foto de um bebê de pele e olhos claros estampada nos pacotes. O mesmo se repete nos rótulos de xampu, nos brinquedos e nas marcas de roupas e calçados.  Já parou para refletir o quanto a falta de representatividade negra afeta todas as crianças? Discutir o racismo ainda na infância impacta o processo de construção de identidade dos pequenos, tantos negros quanto brancos.

 

Leia mais.

https://familycenter.com.br/entenda-por-que-a-representatividade-negra-e-importante-ainda-na-infancia/

 

 

 

Vozes negras na literatura: a importância da representatividade nos livros infantis

 

 

por Sarah Helena

 

Durante a infância, vivemos o auge do nosso aprendizado. Especialmente na primeira infância, período que vai desde o nascimento até os seis anos de idade. Assim, tudo aquilo que os pequenos têm acesso e convivem, tornam-se referenciais na construção de suas teorias de mundo, suas ideias de família, de sociedade, de relações e de si mesmos.

 

Porém, as crianças ainda não filtram o que lhes é apresentado e não refletem por si só sobre o conteúdo que lhes chega. Isto é, se ele é bom, ruim ou se haveria outra possibilidade. Para isso, os pequenos precisam da intermediação de adultos, que os façam perguntas e os levem a refletir. Dessa forma, se uma criança sempre consome livros ou programas em que um padrão (de comportamento ou de imagem) se repete, aquela mensagem será captada como uma verdade para ela.

 

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https://leiturinha.com.br/blog/vozes-negras-na-literatura-a-importancia-da-representatividade-nos-livros-infantis/

 

 

INFÂNCIA E REPRESENTATIVIDADE NEGRA

 

 

“Se como sou não é mostrado, é por que isso só pode ser ruim, né, tia?”

 

Certa vez ouvi isso de uma criança, uma criança de 9 ou 10 anos, negra em um colégio municipal da baixada fluminense, próximo a uma comunidade daqui enquanto conversávamos sobre desenhos e novelas. Tenho um enorme fascínio por crianças, afinal elas parecem ter a fórmula para descomplicar e conseguir discutir o que nós, jovens e adultos, perdemos horas e horas analisando. Aquilo que eu vejo não é aquilo que eu sou e se ninguém quer me mostrar, o que sou só pode ser ruim. Essa talvez seja a conclusão que eu, ou você ou qualquer criança negra algum dia chegou mesmo de forma  inconsciente ao ligar a TV e se deparar com desenhos, novelas, séries onde a única cor mostrada é a branca. A super-heroína é branca, a mulher que manda em todo mundo é branca, a boneca que me vendem é branca, todas as coisas boas que me mostram estão em um papel de cor branca. Caramba! Eu devo ser ruim! Eu quero ser branca igual àquela moça da TV também!

 

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http://www.revistacapitolina.com.br/infancia-representatividade-negra/

 

 

Pesquisa aponta falta de representatividade nos brinquedos no país

 

 

A falta de representatividade nos brinquedos comercializados no Brasil é grande. Apenas 6% de todas as bonecas fabricadas no País são negras, segundo pesquisa da campanha “Cadê Nossa Boneca?”, divulgada neste mês pela organização social Avante. Isso significa que a cada 100 modelos de bonecas produzidos pela indústria brasileira de brinquedos, apenas 6 representam pessoas negras.

 

É na infância onde as crianças começam a descobrir, entender o seu espaço e a se reconhecer como parte da sociedade. Nesse contexto, a brincadeira pode não ser tão inocente quanto se pensa quando a representatividade não contempla a todos.

 

Para a psicóloga e publicitária Mylene Alves, uma das idealizadoras da campanha “Cadê nossa boneca?”, a representatividade na infância é algo essencial, pois nesse período tem-se a formação da nossa identidade. Conforme explica a profissional, a representatividade no ato de brincar na primeira infância deve propiciar que a criança descubra o que é a sociedade que ela compõe. “A boneca, no caso, é um exemplo que representa os seres humanos, as pessoas. Idealmente, o contexto do brincar está inserido na sociedade brasileira que hoje contém 56% da população autodeclarada negra. É inadmissível, portanto, que essas bonecas não correspondam à sociedade”, destaca.

 

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https://www.andi.org.br/clipping/pesquisa-aponta-falta-de-representatividade-nos-brinquedos-no-pais

 

 

Como pensar a construção de uma educação antirracista

 

 

Uma das formas mais comuns de manifestação de racismo é por meio de ofensas e xingamentos. Se isso acontece em uma escola que enfrenta o racismo, ela vai tentar estabelecer algum diálogo entre os pares para tentar resolver a situação. Embora essa medida represente um avanço em relação às décadas anteriores, deve-se ir muito além para promover uma educação antirracista.

 

Pensar uma educação antirracista, assim, envolve tratar da relação entre duas pessoas, mas também de permitir que todos tenham sua identidade e história acolhidos no espaço escolar.

 

E o processo de acolhimento e de reconhecimento das identidades requer que a escola repense todas as suas dimensões: curricular, formativa, de atendimento, avaliação. Material didático, arquitetura e rotina. Também depende de ciência, pesquisa, cumprimento da Legislação, e de uma atenção cotidiana construída dentro de cada escola. “A educação antirracista exige pensar nas manifestações racistas, e o que as sustentam, em todas as dimensões de uma escola”, alerta Ednéia.

 

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https://educacaointegral.org.br/metodologias/como-pensar-uma-educacao-antirracista/

 

 

Entenda o que é uma educação antirracista e como construí-la

 

 

Desnaturalizar o racismo  

 

Ou seja, a educação antirracista vai muito além de aplicar a lei 11.645/2008, que inclui no currículo oficial da educação básica a obrigatoriedade da temática história e cultura afro-brasileira e indígena. A lei é muito importante, mas é preciso reconhecer que o racismo estrutural existe, inclusive, no ambiente escolar. No caso da rede particular, vale a gestão refletir sobre a quantidade de negros nas turmas, criando debates entre famílias, comunidade e alunos. Afinal, a escravidão durou cerca de 300 anos, só que os brasileiros convivem oficialmente sem ela a apenas 132 anos. Historicamente é recente e os vestígios ainda são nítidos, conforme você confere a seguir.

 

“O epistemicídio, que é a exclusão do pensamento negro dos currículos escolares e da academia é um dos sintomas desse racismo que tem sido questionado nas últimas décadas, mas não apenas ele. Nosso país naturaliza um cotidiano em que ser negro está intrinsecamente ligado ao ser pobre e precarizado. O racismo está em como naturalizamos todos esses elementos, os tornando parte da paisagem e os justificando como se fossem falta de sorte ou de caráter de uma população que historicamente foi empurrada para esse lugar”, critica Suzane Jardim, historiadora e mestranda em Ciências Humanas e Sociais com pesquisa sobre a influência do sistema penal e punitivo nas lutas dos movimentos negros do século XX.

 

Leia mais.

https://revistaeducacao.com.br/2020/06/23/educacao-antirracista/

 


 

‘É na escola que acontecem as primeiras experiências de racismo’

 

 

Como as crianças entram nesse debate?

 

“No caso das crianças é importante reconhecer que elas enxergam sim as diferenças e que sabem verbalizá-las. Muitas pesquisas apontam que a maior parte das primeiras experiências de racismo ocorrem no espaço da escola e da educação infantil”, explica.

 

“Precisamos saber que não há problema em ser diferentes, as pessoas são diferentes umas das outras. Temos tamanho, cabelos e cores de pele diferentes e que isso não deve ser um problema, as diferenças devem ser valorizadas.”

 

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https://lunetas.com.br/e-na-escola-que-acontecem-as-primeiras-experiencias-de-racismo/

 

 

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